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Oídio

  • Tainá Fernandes
  • 15 de dez. de 2015
  • 2 min de leitura

Estes fungos infectam os tecidos clorofilados das plantas, como folhas e frutos, desenvolvendo um micélio superficial, que retira os nutrientes do hospedeiro através de haustórios formados no interior das células da epiderme. A maioria produz conídios em cadeia, de forma basipetal, correspondentes à sua fase anamórfica, Oidium, a partir de conidióforos simples, derivados do micélio superficial. Estes conídios são os responsáveis pelo desenvolvimento dos sucessivos ciclos secundários do patógeno, ao serem disseminados pelo vento e depositarem-se sobre novos tecidos suscetíveis do hospedeiro. No gênero phyllactinia, cuja fase anamórifca é Ovulariopsis, os conídios são formados individualmente, raramente formando cadeia. A fase teleomórfica é caracterizada pela produção de ascomas esféricos, do tipo cleistotécio, na superfície do hospedeiro, Os cleistotécios amadurecem lentamente durante o outono e o inverno, liberando os ascósoros na prócima primavera, para dar início a novo ciclo primário da doença.

Sintomas:

Folhas – na página superior surgem pequenas manchas descoradas que adquirem um enfeltrado branco acinzentado. Na página inferior as nervuras ficam necrosadas na zona das manchas. Em ataques intensos a folha enrola-se ficando com aspecto enconchado; Pâmpanos – manchas difusas verdes escuras, que se tornam acastanhadas; Inflorescências e cachos – Botões florais e pequenos bagos cobertos de “poeira” branca, ocorrendo posteriormente o seu dessecamento. Nos bagos maiores, para além da “poeira”, a epiderme do bago endurece, não acompanha o crescimento e acaba por rebentar. Estes bagos secam ou apodrecem, se as condições climáticas foram favoráveis.

Previna e controle o oídio destruindo as folhas, ramos, flores e frutos afetados, mesmo que estes já tenham caído. Faça compostagem, enterre ou queime. Assim, ao destruir os esporos, eliminam-se os novos focos da infecção. Mantenha as plantas sempre nutridas e hidratadas na medida certa. Faça as fertilizações com regularidade, porém sem excesso e não deixe a planta passar por estresse hídrico, o que parece estar relacionado com o surgimento da doença. Mantenha as plantas arejadas, com espaçamento adequado, bem iluminadas e evite também regar em excesso, encharcar as plantas, ou manter o pratinho sob o vaso. É preciso um cuidado especial em estufas quentes e úmidas, onde este tipo de doença se espalha e se desenvolve rapidamente. Pode escolher cultivares e variedades de plantas que são resistentes ao oídio, principalmente se o problema é recorrente no seu terreno.

Pulverizações de soluções aquosas de enxofre, bicarbonato (1 colher de chá por litro) ou leite de vaca cru (5%) mostram-se bastante eficientes na prevenção e até mesmo no controle da doença. Além disso, estes elementos são muito mais baratos se comparados com fungicidas comerciais e tem impacto ambiental menor também.

Alguns fungicidas comerciais utilizados no controle do oídio em plantas ornamentais são myclobutanil, difenoconazole, ciflufenamida, meptildinocape, azoxistrobina, proquinazida, penconazol, tebuconazole, triticonazole, triadimefon, propiconazole e fenarimol. Não utilize fungicidas sem a prescrição e orientação de um engenheiro agrônomo ou florestal, eles são produtos muito tóxicos e podem provocar grandes prejuídos para a saúde e o meio ambiente.

Figura 1: Oidio em mangueira


 
 
 

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